Jornalista
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Política
26/08/2022 às 00:12 - Alexandre Siqueira - Opinião Liberal
Por mais que a dupla de tchutchucas do petista quisesse transparecer a imparcialidade jornalística na entrevista, fazendo questionamentos que teoricamente estaria sendo dura para o descondenado, no fundo, o teatrinho buscava consagração. Para ambos, diga-se!
De cara, na primeira intervenção da entrevista, Bonner veio com um docinho de côco para o Lula: “O Supremo Tribunal Federal lhe deu razão, considerou o ex-juiz Sérgio Moro parcial, anulou a condenação do caso do tríplex e anulou também outras ações, porque considerou a vara de Curitiba incompetente. Portanto, o senhor não deve nada à justiça.” O petista sentiu-se mais do que à vontade!!!
Todas as perguntas, sem exceção, são de cunho inevitável, uma vez que são fatos indiscutíveis e oficiais, como por exemplo, os casos de corrupção, as ações de invasão do MST, e o apoio que Lula dá a governos de esquerda em vários países, por exemplo. Mas questões morais que afrontam a família, a liberdade e a religião, por exemplo, nem uma palavra por parte dos entrevistadores. Não quiseram tocar no assunto sobre o que quis dizer o candidato vermelho sobre “regular as redes sociais e a imprensa”, o que quis dizer com “colocar as forças armadas e os padres e pastores em seus devidos lugares”, e o que significa tratar o aborto como “questão de saúde pública”. Nada, nem uma palavra a respeito.
Mas, enfim, não era de se esperar que a entrevista sequer rondasse esses temas.
Agora, dentro da perspectiva que busquei para interpretar o foco das entrevistas deste famigerado veículo de comunicação, apresento a dinâmica pragmática do programa com o candidato petista, e em seguida, um comparativo com a apuração na entrevista de Jair Bolsonaro e do petista.
Nos quarenta minutos e trinta e dois segundos de duração da entrevista, verificamos que:
- Bonner e Renata sempre usavam de “deixas” para o petista interagir com o que o telespectador desatento “gostaria” de ouvir. Desta feita, a entrevista se deu em formato adequado ao jornalismo para respostas do entrevistado, sem desaforos, ironias ou interrupções.
- Os entrevistadores cometeram 6 interrupções na fala de Lula;
- Em nenhuma oportunidade, eles falaram por cima da fala do entrevistado;
- Em nenhum momento, Bonner e Renata mudaram de tema sem antes satisfazer o tempo de resposta do convidado;
- Foram 27 intervenções dos interlocutores do canal contra 27 do entrevistado;
- Bonner e Renata falaram por 9’30” e Lula por 29’33”, e as interrupções e falas sobrepostas dos globais somaram 1’35”. Ou seja, os entrevistadores usaram de 26,60% do tempo, cabendo ao entrevistado 73,40%.
A análise da mecânica na entrevista (inquisição) do presidente Jair Bolsonaro você pode ler em https://blogopiniaoliberal.com/coluna/130/1
Quadro comparativo das entrevistas de Bolsonaro e de Lula:
Que cada um faça seu juízo sobre a performance da entrevista com o presidente Jair Bolsonaro e com o ex-condenado Lula. A Rede Globo foi tendenciosa com qual candidato?
Que o jornalismo sobreviva!!!
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