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    José Aparecido Ribeiro

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José Aparecido Ribeiro

  • Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia - MBA em Marketing

    Presidente da Abrajet-MG. DRT-MG 17.076/12

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Política

24/10/2022 às 15:09 - José Aparecido Ribeiro - Blog Conexão Minas

Roberto Jefferson virou um animal acuado na mira do caçador sedento Alexandre de Moraes: se fosse você, o que faria?

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O Day after da reação legítima de Roberto Jefferson às ordens ilegais do Xerife Alexandre de Moraes

Foto: Freepik – Cão acuado

Depois de ler dezenas de análises sobre o que aconteceu ontem em Levy Gasparian interior do RJ, envolvendo o cidadão Roberto Jefferson, e que por obra da Divina Providencia, não virou uma tragédia com mortes – toda vida importa – inclusive a de Roberto Jefferson, chego a algumas conclusões que compartilho com os meus leitores, recolhido evidentemente, à minha insignificância. O assunto é pessoal, entre o ministro “maridão da dona Vivi, advogado do PCC” e o cidadão que já foi deputado e responsável pelas denúncias que acabaram com roubalheira no Brasil.

Tudo isso e muito mais, que nos adoece lentamente nos últimos 2 anos, poderia ter sido evitado se Randolfe Rodrigues estivesse defendendo o miserável estado do Amapá, e Rodrigo Pacheco, o prevaricador contumaz, já tivesse acionado os freios de contrapesos necessários para que a República seguisse nos trilhos da Constituição Federal de 1988. As razões para ele não agir com diligencia e hombridade são muitas e não devem ser expostas aqui, mas duas devem ser lembradas sempre: Seu interesse particular de ocupar uma vaga no STF por indicação de Lula, e os processos envolvendo o seu escritório em BH, na Av. Álvares Cabral, no caso da ação de indenização contra a Samarco em Mariana – MG, cujo valor beira R$100 bilhões. O maior caso de reparação ambiental da história do Brasil que arrasta-se e será julgado no STF, graças à manobras de advogados espertos, no modelo “Gerson”

Mas vamos ao que interessa: Roberto Jefferson é humano, tem limites como qualquer outra pessoa que está sendo perseguida por um ministro da suprema corte, e reagiu sabendo que está sendo vítima não de um julgamento justo, mas de chicana, covardia, violação de direitos e vingança do establishment. Portanto, sua reação embora destemperada, é justificável em um país onde a Constituição deixou de ter valor e a instância máxima da justiça faz política partidária e não mais defesa do Estado Democrático de Direito. Está acuado como um animal.

A fala do cidadão Bob Jeff, foi desastrosa, não precisava tratar a ministra de prostituta, em respeito às putas que trabalham honestamente e sem partido. Porém, se está ofendida, o caminho para buscar seus direitos não é o STF, ela é uma mulher cidadã brasileira como qualquer outra, magistrada claro, mas não pertence a castas superiores que possa fazer uso de privilégios na busca de justiça. Sendo assim, o expediente utilizado pelo seu colega de corte está completamente fora do padrão. Direitos de acionar a justiça ela tem, e acho que deve, mas na primeira instância como manda a Lei.

Outro detalhe que motivou a “loucura” de Roberto Jefferson, é que ele jamais poderia ser processado por qualquer “crime” pelo STF e de ofício, tendo um membro da corte parte no processo, pois não possui fórum privilegiado. Repito, é um cidadão comum e neste caso os ritos processuais passam pelas mãos da Polícia Civil ou mesmo Federal, pelo Ministério Público que, diga-se de passagem, para o STF não existe mais, e pelo crivo de juízes de primeira instância. O próprio STF em reunião plenária salvo melhor juízo em setembro de 2022, mandou o inquérito envolvendo o réu ser remetido para a primeira instância. Não foi assim no caso de Lula por causa de um CEP?

Na semana passada a militante com disfarce de jornalista, Bárbara Garcia, chamou a filha do presidente da República (uma criança de 12 anos de idade) de puta. E nada aconteceu com ela, a PF não abriu se quer uma investigação, tampouco esteve na sua residência para prendê-la pelo crime contra uma menor. Cadê o ECA? cadê os defensores dos direitos das crianças? cadê o bispo? o xerife, o papa e a OAB? Ninguém se manifestou. Reparem que a mesma justiça tem dois pesos e duas medidas. Não estamos falando de um adulto, insisto, mas de uma criança. Não precisamos nem citar o caso da esposa do presidente que foi chamada de vagabunda por uma Procuradora de Justiça do Piauí.

A imprensa ativista e o próprio presidente chamaram Roberto Jefferson de marginal, por receber à bala agentes da PF – escolhidos à dedo – que cumprem ordens ilegais. A quem ele deve recorrer se até a OAB, que é a entidade que ele pertence, faz ouvidos moucos para os seus apelos que são legítimos e legais? Ou a Constituição foi relativizada e serve a uns e não a outros de acordo com a simpatia de quem recorre a ela? Ou seja, embora não devesse, Jefferson fez prevalecer um instinto que todos nós temos e que é colocado à prova quando estamos acuados como animais na mira de caçadores desatinados, o da sobrevivência. Cansou dos abusos de agentes da PF a mando do Xerife na sua intimidade “pisando nas calcinhas e camisola da esposa”, como ele mesmo disse no momento de desespero.

Quem ainda não percebeu que existe por parte de Alexandre de Moraes uma perseguição pessoal contra Roberto Jefferson e vários outros, incluindo parlamentares no exercício do poder, jornalistas que foram obrigados a se exilar, veículos de comunicação como Terça Livre; Jovem Pan; Brasil Paralelo e outros 200, precisa se informar, tirar tampões dos ouvidos e as vendas dos olhos. Moraes não faz mais justiça, virou um inquisidor que está “cagando e andando” para o que pensam dele e para a Constituição.

Ontem foi Roberto Jefferson, antes de ontem Ala dos Santos, Oswaldo Eustáquio, Daniel Silveira, Jair Bolsonaro (por vezes acovardado), Luciano Hang, Izaak Perez e tantos outros. Amanhã poderá ser você, é assim que começam as ditaduras, quando o pontapé inicial é dado por quem deveria jogar dentro das quatro linhas da Constituição, mas ao contrário pisam e limpam a bunda das vítimas com ela. Moraes é corajoso, está cercado de vigilância, mas terá um fim trágico, é uma questão de tempo. Enquanto isso quem deveria agir, esconde-se, finge de morto ou acovarda-se.

Se ao invés de se acovardar, Jefferson tivesse matado policiais e tirado a própria vida, antes da chegada da “turma do deixa disso,” gente que não conhece o sofrimento e a humilhação do cárcere e das abordagens da PF (da ala do Moraes), a situação teria outro rumo menos recomendável, mas previsível. Se alguém com juízo, ou quem sabe sem ele, não botar um freio na locomotiva desgovernada que virou um tal xandão do PCC, que alguns ainda insistem em chamar de ministro, escárnios como os citados vão virar rotina no Brasil, como eram os escândalos de corrupção no governo PT. Não dá mais para ficar calado diante da barbárie protagonizada por um Xerife esquizofrênico e sem limites que age como o Tomás de Torquemada!

José Aparecido Ribeiro é jornalista independente

www.conexaominas.com – jaribeirobh@gmail.com – 31-99953-7945

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