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    José Aparecido Ribeiro

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José Aparecido Ribeiro

  • Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia - MBA em Marketing

    Presidente da Abrajet-MG. DRT-MG 17.076/12

    Jornalista, Bacharel em Turismo, Licenciado em Filosofia - MBA em Marketing

    Presidente da Abrajet-MG. DRT-MG 17.076/12

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HomeColunistasJosé Aparecido RibeiroColuna

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Arte

12/12/2022 às 19:15 - José Aparecido Ribeiro - Blog Conexão Minas

BH FAZ 125 ANOS COM 25 MOTIVOS PARA COMEMORAR, E 1.125 PARA REFLETIR!

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A cidade quando é boa para seus cidadãos, será também para seus visitantes. Aos 125 anos, o momento é de autocrítica para BH, pois o dever de casa não está sendo feito

Foto: Igrejinha de São Francisco na Pampulha

Belo Horizonte completa hoje 125 anos com muito a se refletir, e quase nada a se comemorar. Recém-saída da sua maior catástrofe, o governo Kalil, a cidade segue patinando em quase tudo que depende do poder público municipal, basta ver os resultados das chuvas dos três últimos dias, quando se repetiu o que já é conhecido, praticamente nos mesmos lugares. Mudam-se os atores, mas os problemas seguem insolúveis. Sobre eles vamos falar à frente.

Como de praxe, o aniversário é marcado por declarações falaciosas de políticos, personalidades do mundo artístico, empresarial, pela turma do deixa disso e até de populares elogiando a cidade em atos de hipocrisia hilariantes, que encantam os de longe. Uma festa do faz de conta feita para ludibriar turistas e cidadãos alienados. Normal no mundo de aparências proporcionado pela internet em grupos de WhatsApp que só falam de flores, e que gostam de tampar o sol com a peneira.

Foto: Vista panorâmica de Belo Horizonte do Alto da Av. Afonso Pena

Tenho leitores em todos os estados do Brasil, e muitos deles acompanham o trabalho há algumas décadas, desde os tempos em que o Blog chamava SOS Mobilidade Urbana, e ficava hospedado no Portal UAI do Jornal Estado de Minas. Recebi de diferentes localidades palavras amistosas, saudosistas, proferidas com carinho pelo aniversário de BH, cidade que nasci, vivo, amo e que critico, sem falsa modéstia, com algum conhecimento de causa. Agradeço por lembrarem de BH.

Contudo, isso não me tira a responsabilidade de dizer que apesar dos problemas comuns a uma metrópole cuja influencia atinge 6 milhões de pessoas, a cidade tem muito a oferecer para quem vem a turismo, vive na zona sul, ou deseja conhecer apenas seus pontos fortes. Como dirigente de associação que divulga o destino Minas Gerais e a capital, posso garantir que o turista que vem a BH terá experiências inesquecíveis, especialmente se for recebido por quem conhece a cidade nas suas entranhas.

Foto: Vista do Viaduto da Floresta

Quanto ao Estado de Minas Gerais, em que pese os problemas de sua porta de entrada por razões óbvias, que são objeto deste arrazoado, em 35 anos de atuação no turismo nunca presenciei tantos investimentos no setor como no governo Romeu Zema, com destaque para o trabalho primoroso da equipe liderada pelo secretário Leônidas Oliveira na Secult – Secretaria de Estado de Cultura e Turismo. Imagino BH bem cuidada, preparada para receber o turista, colhendo os frutos deste setor, a exemplo do que acontece em cidades que sabem conjugar turismo, oportunidades de negócios e prosperidade.

O recado para quem tem ouvidos e compromisso com a cidade

Mas não é para o turista que me dirijo neste dia em que a capital completa 125 anos, meu recado é para quem governa ela e perdeu a capacidade da autocrítica, gente sem vocação para a coisa pública, acomodados e que não enxerga os defeitos, mas que são os responsáveis pela sorte e o destino de quem vive aqui. Falo para os gestores públicos e para os vereadores que juraram defender os interesses de BH, mais do que os próprios umbigos, e que infelizmente são raras exceções.

Foto: Igreja de São Francisco com o Mineirão ao Fundo

BH segue decepcionando seus cidadãos em muitos quesitos, e se a cidade não é boa para quem vive nela, não será para quem a visita. As falhas estruturais são crônicas e gravíssimas quando falamos de limpeza; estética; organização dos espaços públicos, em especial a manutenção dos monumentos e pontos turísticos; a i-mobilidade urbana CAÓTICA; o transporte público de baixa qualidade; do descaso com o hiper-centro, onde a história da cidade começou há 125 anos, nada disso passa despercebido por quem mora e por quem visita, ainda que alguns gestores insistam em dizer que nada disso afeta o  turismo.

A cidade segue negligenciando as suas entradas, a sua estética, com destaque para o portal norte que é justamente o que dá acesso ao Aeroporto Internacional, este sim motivo de orgulho para os Belo-horizontinos. O trânsito em direção à Linha Verde, e no sentido contrário é caótico a qualquer hora do dia, e por razões que saltam aos olhos, necessitando urgentemente de intervenções de engenharia, puxadinhos não resolvem mais. Tudo isso são assuntos que não podem ser varridos para debaixo do tapete, devem ser encarados e resolvidos por quem dirige as políticas públicas de BH – Prefeito, gestores públicos e Câmara de Vereadores. Com a cobrança da sociedade organizada, via Associações. E elas não são poucas.

Foto: Interior do Mercado Central de BH

Os problemas ligados à mobilidade e a infraestrutura da cidade estão parados há 40 anos, se multiplicam menos por questões financeiras e mais por questões ideológicas, pasmem. Os tais “puxadinhos” paliativos tomaram o lugar das “obras de arte da engenharia”, no trânsito, na organização habitacional e revelam a falta de compromisso e a mediocridade do corpo técnico da BH Trans, da Sudecap e das secretarias de governo. As autarquias e as secretarias foram aparelhadas nos últimos 40 anos e são ocupadas por servidores acomodados, indolentes e incompetentes, salvo raras exceções, a maioria de matrizes ideológicas de esquerda. Onde o caos reina, lá estão eles.

Com efeito, se não cuidamos da cidade, se não a embelezamos, deixando ela limpa, agradável e organizada nos detalhes, a tendência é que a autoestima dos cidadãos caia, e com isso o turismo deixe de ser importante como propulsor da economia. BH é uma cidade acolhedora, vocacionada para os serviços, tem o que mostrar, é bem localizada e barata, em comparação a outras capitais, mas está maltratada, necessitando de um banho que retire dela um pouco da feiúra, comum às grandes metrópoles, mas necessário para que se torne competitiva e aprazível. Parabéns BH, e que seu futuro seja próspero, com menos política, mais engenharia e urbanismo de qualidade.

  • Fotos: Reprodução site da PBH – Divulgação.

José Aparecido Ribeiro é jornalista e presidente da Abrajet-MG

www.conexaominas.com – jaribeirobh@gmail.com – Wpp: 31-99953-7945

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