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10/08/2022 às 20:32 - Professor Borto - My Right News

Leia as Pessoas do Avesso…!

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#PensarNaoDoi

“… A recordação é a esperança do avesso.

Olha-se para o fundo do poço como se

olhou para o alto da torre…! ”

Gustave Flaubert

 

Tentar explicar as relações, principalmente homem e mulher, em nossos dias é quase uma “caça ao tesouro”, desenhadas nas almas ainda perdidas de si mesmo.

 

Uma amiga, muito admirada, manda-me um trecho de uma fala (sermão) do Pe. Fábio de Melo.

 

Não estou falando apenas do padre cristão e sim do professor universitário e mestre em antropologia teológica. Sim, um verdadeiro mestre que professa conhecimentos profundos, utilizando, quase sempre a parte religiosa da qual devota sua vida.

 

Suas palavras sempre vêm ao encontro de necessidades do próprio espirito, muito antes de serem sentidas pelo coração.

 

O trecho remetido pela minha amiga diz respeito ao título em epígrafe:

 

Escreveu Fábio de Melo:

 

“Esse jeito esquisito que Jesus tinha de preferir os piores me faz pensar na beleza dos avessos”.

 

Às vezes, a gente na pressa de encontrar, a gente não vê. Quantas vezes na minha vida eu desprezei as pessoas porque eu considerei o agora?

 

É tão doído a gente ser visto a partir do presente, quando as pessoas olham pra gente e só enxergam aquilo que a gente tem no momento.

 

Isso é fascinante em Jesus!

 

Por isso Ele era capaz de preferir quem Ele preferia.

 

Porque Jesus era um homem que não se prendia no presente. Eu acredito, eu acho interessante isso que os amantes, eles nunca esgotam as criaturas amadas, porque o amor sobrevive de futuro. Ele consegue enxergar o que a gente ainda não viu.

 

A pessoa que ama consegue enxergar o que o outro ainda não é, vê o avesso, vê o contrário da situação.

 

É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento, uma trama que está por trás de tudo isso. Compreender as pessoas amá-las, só é possível quando a gente entra na trama dos avessos.Quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer, mas, sobretudo aquilo que ainda está oculto.

 

“Deus nos ama assim, porque consegue enxergar o que a gente ainda não é, mas o que a gente ainda pode ser.”

 

Sempre bom reler a beleza dos avessos…

 

Assim como o Brasilês não lê “manual” de coisa nenhuma, suas interpretações de textos sagrados, principalmente, seguem o mesmo caminho.

 

Afinal é melhor pedir à vizinha como funciona o novo “forno de Micro-ondas” do que ler o manual.

 

Assim, ler “automaticamente” trechos bíblicos não te faz mais religioso, mais cristão ou, ainda, mais espiritualizado.

 

O fantástico deste grande pensador e religioso cristão é exatamente este descortinamento, a busca de metáforas e alegorias para colocar trechos que geralmente, seriam incompreensíveis para a grande maioria.

 

Não sou religioso. Sob hipótese alguma. Porém atenho-me a uma espiritualizada pessoal muito profunda e gosto da forma com que este Professor e religioso faz de pensamentos, considerados sagrados, alegorias para que a maioria das pessoas tenham maiores compreensões, não somente da religião, mas sim de seus comportamentos e dos destinos de suas próprias vidas.

 

Seguindo a sugestão de minha amiga, com o auxilio do professor e religioso, parece que precisamos de novas maneiras de ler as pessoas. Principalmente quanto ao tocante as relações mais intimas.

 

Outra amiga me mandou o seguinte questionamento:

 

O avesso não seria, porventura, a nossa própria alma projetada no outro que nos faz hipnotizados com a perspectiva do ideal?

 

Assim conhecer um pouco deste “avesso”, pode tornar a realidade menos doida. Mesmo que para amar tem que sofrer. Parece um pouco antítese. Porém até hoje, desde a história escrita e conhecida não foi apresentada outra forma.

 

Para o todo e tudo, ainda somos do “ver para crer”!

 

No tempo dele, também foi assim…

 

Passaram-se mais de 2 mil anos… Mudou alguma coisa, no dito “ser humano”?

 

Para alguns, muito poucos, sim…. Para a grande maioria, infelizmente, não!

 

Que provas mais precisamos do que vemos e vivemos, diariamente?

 

E provar o quê mesmo?

 

Agora você escolhe.

 

 Amar e sofrer. Ou nada sofrer… E não amar!

 

Eis nosso livre-arbítrio.

 

Pode pensar…. Não dói!

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