Professor e escritor
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#PensarNaoDoi
“Os Otários e as Rameiras! ”
“.... Muito prazer me chamam de otário,
por amor às causas perdidas...! ”
Engenheiros do Hawai
Ultimamente, como uma espécie de “mea culpa”, os brasileses andam autodenominando-se “otários”!
Eis algo que somente na amada Língua Portuguesa Brasilesa existe: Duas conceituações gramaticais juntas, sim pois é um adjetivo e ao mesmo tempo um substantivo. Masculino por principio, pois se deriva da ação do... Aqui sem preconceito, mas deixamos o gênero feminino de fora.
E para otário diz-se de ou indivíduo ingênuo, tolo, inexperiente.
Este exame de consciência dos brasileses “com cérebro”, diga-se de passagem, é referente às últimas décadas da política e as politicagens, dos politiqueiros, dos Poderes da República, repassando a todos os governadores de estado e a grande maioria dos mais de 5472 prefeitos, existentes.
Tudo isso por percebermos, logo após cada eleição, exatamente à que vieram tais criaturas em busca do poder e de riquezas pessoais, é claro. E, claríssimo, à custa do Estado: ou seja, de nós, o Povo.
Foca é um nome genérico que abrange qualquer bicho com cara e jeitão de foca (lobo-marinho, leão-marinho, urso-marinho, um vizinho gordo e bigodudo e outros).
Mas, não se deixe enganar, existem duas grandes espécies de focas: as verdadeiras, sem pavilhões auditivos externos, e as falsas, sem pedigree, que, por terem pavilhões auditivos visíveis, são chamadas de otárias, do grego otós, orelha (dai otite,otorrino, etc,) O nome (octaria byrona) foi dado pelo naturalista francês François Perón (1713-1810), aproveitando o grego otarion, orelhinha.
A otária é pesadona e lenta. E tem uma caraterística que lhe confere especial destaque no mundo animal: uma burrice impressionante.
O animal é muito encontrado no Atlântico sul. Assim, otário foi incorporado ao lunfardo (gíria da ralé de Buenos Aires e arredores) Dai veio parar no Brasil, popularizada ainda pelo tango Se acabalon los otários, de 1926.
Mas, em epigrafe, denominei a nós, os otários e as rameiras.
Bem esta é endereçada, principalmente, ao Congresso Nacional, lugar lotado delas.
Rameira vem de Ramo mais a terminação Eira, que designa quem exerce uma atividade (como em costureira, cabelereira, pedreiro e assim por diante) – por isso não somos brasileiros, pois não temos atividade com PAU-BRASIL e sim brasileses nosso gentílico correto. Mas, (Mas, termo mais utilizado pela mídia tradicional, atualmente) como bons “otários” continuamos o que as rameiras determinam.
No século XV, em Portugal, quando uma taberna queria anuncia à sua distinta clientela que no seu interior se encontravam mulheres prestadoras de serviços sexuais remunerados, penduravam ramos de árvore, do lado de fora da porta, à vista da freguesia.
Ramos de Arvore? Claro. Poderiam pendurar outra coisa, algo mais representativo do negocio anunciado. O problema era como fazer isso sem cair em grosseria. Mas os ramos ficaram, fizeram-se signos e deram conta do recado. Era uma época de inocências, em que taberneiros e beberrões tinha seus códigos e se entendiam. Não aceitaram nem mesmo a singela sugestão de substituir os ramos por trepadeiras.
As semelhanças com o que é feito de “negociatas” entre corruptos e corruptores em Brasília e outros “lugares”, esta exatamente proporcional aos taberneiros e aos beberrões de poder, em busca das “rameiras” que lhe proporcionam, nestes casos, ambos os prazeres.
Para nosso desprazer, é claro.
Pensar não dói. Já ser otário de rameira...
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Fontes:
Guimaraes, Ruth. Dicionário de mitologia grega,
São Paulo, Cultrix, 1982,
Nascentes, Antenor. Dicionário etimológico
resumido. Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1966
José Carlos Bortoloti
Colunista do Opinião Liberal
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Alexandre Siqueira - Opinião Liberal
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